sexta-feira, 25 de novembro de 2005

Hoje inauguro meu dileto 'blog' no comunitário universo da bela idéia da Micha Descontrolada: o POST COMUNITÁRIO! Hoje, com o delicado tema da "traição", entro em definitivo nesta rede de amigos e de opiniões as mais diversas: abraço a todos os participantes e vamos lá, apesar do tema um tanto quanto esdrúxulo...

Post Comunitário

Tema de Hoje: Traição

Infelizmente, hoje em dia, já se tornaram comuns e até motivos de chacota questões inteiramente íntimas como "primeira vez" e "traição", reduzidas que normalmente são ao ridículo de causos pitorescos sobre "transas homéricas" ou "chifres", a pulular como fofocas e conversinhas em rodinhas de amigos ou em esdrúxulos programas de televisão... Comum também tornou-se trair, por pura irresponsabilidade ou por força da cada vez mais forte carga erótica da sociedade atual, e ai daquele que não participe de tais discussões ou não entre no esquema, facilmente será apedrejado ao escárnio social e à zombaria pós-moderna, especialmente se se tratar de um homem feliz num relacionamento de muitos anos... Eu mesmo nunca apreciei piadinhas maldosas sobre a mãe ou a mulher, por achá-las ofensivas e desonrosas às duas mulheres mais próximas da vida de um homem, e que, no meu caso, são as duas pessoas de maior caráter que conheço, e, por isso mesmo, as que mais prezo!

E, ainda que eu fosse adepto destas práticas nada éticas, às vésperas de um casamento (previsto para o ano que vem), nem me caberia aqui esmiuçar "pérolas" pessoais do passado... Entretanto, consigo lembrar-me, até de forma contemplativa, por tratar-se da última "fase da inocência" por que passei, da única vez que isto aconteceu comigo (aí vem a piadinha grosseira lá do fundão: "a única que tu ficaste sabendo, né, mané? Rá, rá!"): tinha então 16 anos e vivia um namoro meio torto com uma colega de escola (meu envolvimento mais curto, dois meses!), que, no malfadado carnaval de 94 (ai, o carnaval... "Onde ninguém é de ninguém!", grita outro sem-noção), passou por um golpe terrível: ela, no interior do Estado; eu, que nunca fui de folia, por aqui mesmo, em uns dois ou três bailes no extinto Clube Jaguarema... Findos os três dias de Momo, ela volta e me conta de uma "ficada" (naquela época a coisa ficava só nos beijinhos...), meio que "à força" (!), que ela havia "sofrido" numa das festinhas... Mesmo sem muita coisa envolvida, a sensação foi das piores, o que, somado às inúmeras diferenças, terminou por levar tudo aquilo para as cucuias...

As traições são mesmo assim, difíceis de perdoar... E podem ser de tantos tipos, de um amigo, de um parente e até de um animal de estimação - nunca me esqueço da Manchinha, a gatinha de estimação da minha infância, que me trocou por um romance nos telhados do Centro da cidade... Por exemplo, nesses últimos meses de acirrada luta pelo poder aqui no Maranhão, é inevitável pensar ainda num outro tipo de deslealdade, as "traições políticas", aquelas com paixões arrebatadoras nos palanques e com divórcio depois da posse, mas que, em alguns raros casos, fazem um bem danado para a população... Foi mais ou menos o que aconteceu neste Estado, onde o atual Governador, eleito para ser mais um joguete nas mãos do grupo Sarney (mamando no poder há mais de 40 anos), rompeu, ao longo de seu governo, com o Bigodudo dos Infernos graças a Deus e graças à esposa, (brigada com a senadora e ex-governadora - e escroque - Roseana), que passou a mobilizar no governo do marido uma ruptura com a famosa oligarquia... E olha que as línguas vingativas da Família Sarney, com o brio mortalmente ferido, atacam diariamente em seus meios de comunicação o Governador, a espalhar, por exemplo, boatos de que o mesmo seria, com todo respeito, "corno", graças à larga diferença de idade que tem com a jovem Primeira Dama... Então, bendita "traidora"!

É, meus caros, é um mundo cada vez mais esvaziado de valores este em que vivemos, onde um sofrimento tão íntimo pode converter-se facilmente em motivo de piada generalizada e de mau gosto ou de maldosos comentários e mexericos, coisa absolutamente reprovável e que passa longe de mim: trair é feio; tripudiar sobre o traído é horroroso! Entretanto, às vezes me pego pensando nos destemidos que ainda bravamente acreditam nas suas relações e mandam tatuar os nomes ou até mesmo as ilustrações dos rostos das amadas em sua pele, a eternizar aqueles relacionamentos... Coisa mesmo de artista ou de jogador corno que não tem mais o que fazer e que vai terminar tendo um trabalhão para limpar o nome da vagabunda do couro, depois que ela lhe meter um belo par de chifres!
 

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