sexta-feira, 4 de novembro de 2005

SEMANA ESPECIAL CINEMA

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Federico Fellini dirigindo La Doce Vitta
O que seria do Cinema sem os seus maiores artistas, os diretores? Ainda que seja esta uma arte indiscutivelmente coletiva, é o diretor de um filme que imprime a sua marca pessoal de ver a vida, levando toda a sua equipe, bem como milhões de espectadores no mundo inteiro, a vivenciar a magia que é a Sétima Arte... Por isso é que para hoje reuni três trechos de algumas de minhas crônicas sobre alguns dos maiores artistas deste mágico ofício: Federico Fellini, Stanley Kubrick e Martin Scorcese, gênios que, dentre vários outros (Billy Wilder, Nelson Pereira dos Santos, Gláuber Rocha, Akira Kurosawa, David Lean, Mario Moniccelli, Lars Von Trier, Woody Allen, Quentin Tarantino, Pedro Almodóvar...), imprimiram seus diferentes estilos nas retinas de ardorosos fãs ao longo deste pouco mais de um século de arte cinematográfica - grupo no qual me incluo, de carteirinha nas mãos...
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Parabéns a Martin Scorcese - o grande cineasta nova-iorquino, o esteta da violência e dos tipos perdido e sem esperança, no crime ou na vida - que hoje completa 62 anos. Infelizmente, o grande e inovador artista "faleceu" no filme Os Bons Companheiros, de 1990, último trabalho que realmente merece a assinatura do mestre de obras-primas como Taxi Driver (76), Alice não mora mais aqui (75) e Touro Indomável (80), além de filmes "menores", porém sempre marcantes graças ao estilo autoral do Mestre, como Depois de Horas (85), A Cor do Dinheiro (86) e A Última Tentação de Cristo (88). Entretanto, mesmo sem nenhum grande feito desde 90 (a não ser o apenas razoável A Época da Inocência), prestemos sempre nossas homenagens a este diretor que, ao lado de Spielberg, Brian DePalma e Coppola (e... George Lucas?), formou a última grande geração de inventividade do Cinema norte-americano, na década de 70.

(Dilberto Lima Rosa, trecho da crônica Homenagem a um diretor violento, de 11 de novembro de 2004)


Falo com a saudade de ter visto uma verdadeira obra-prima do Cinema aos quatorze anos, quando eu ainda saía da poderosa e alienante influência 'hollywoodiana', que até então me dominava: era Amarcord, o meu filme predileto até hoje, a que assisti, pela televisão, com um estranho e inexplicável encantamento que poucas vezes se repetiu desde então, a não ser que estivesse diante de outras maravilhas da Sétima Arte, como A Doce Vida, Oito e Meio, Ensaio de Orquestra e E La Nave Va..., todos verdadeiros espetáculos de uma visão única do Cinema, todos trabalhos de Federico Fellini, este bonachão amante das mulheres, da vida, da arte e dos sonhos - sonhos que nos levam a Rimini, cidade natal do cineasta italiano, por vezes mostrada numa forma sonhada (como em Amarcord), por vezes realista (como em Os Boas Vidas, ainda de influência neo-realista), ou a Roma (no romântico, belo e puro Noites de Cabíria) ou nos levando ainda à própria Cineccitá, verdadeira Cidade do Cinema dentro de Roma, em seus gigantescos estúdios (como podemos ver, pelos seus bastidores, no interessante e também metalingüístico Entrevista) ou à própria fronteira entre o mar aberto e um mar de mentirinha em estúdio na espécie de Torre de Babel vista em E La Nave Va... Assim era Fellini: gênio da ilusão dos mares e dos navios de plástico de Amarcord, das emoções, como em La Strada, e de seu vigoroso "machismo-feminista" em Cidade das Mulheres... Graças a ele pude compreender mais do intangível no Cinema e sobre como esta arte realmente não tem limites, ainda que o maior nome dessa dimensão única entre a realidade e a forma de a vermos através da correspondente "mentira" das artes e dos sonhos tenha se despedido do "mundo real" há tristes dez anos, deixando a Sétima Arte menos fantástica...

(Dilberto Lima Rosa, trecho da crônica Vertebral, Dez Edições Depois - Saudosas Homenagens, de outubro de 2004)


Cada vez com um maior período de tempo entre um filme e outro, Stanley Kubrick ficou mais de dez anos entre Nascido para Matar e o seu derradeiro trabalho, De Olhos Bem Fechados (99), com o ex-casal Tom Cruise e Nicole Kidman, tamanho o seu preciosismo e suas cada vez mais exigentes manias de perfeccionismo, que acabaram lhe custando o fato de ter morrido, em 99, sem ver o seu último filme nos cinemas... Tanta genialidade foi acumulada durante a mais perfeita, consistente e coerente carreira cinematográfica de todos os tempos, apesar de ter experimentado os mais variados gêneros e formas de narrativa (ainda que sempre embasado no seu costumeiro "estilo épico" de três atos para contar uma estória) - qualidades reservadas para muito poucos neste mundo de arte cada vez mais sem poesia; obrigatoriedade para todos os que querem crescer no entender, ver e sentir a verdadeira Arte do Cinema...

(Dilberto Lima Rosa, trecho da crônica Minhas Memórias Kubrickianas, de janeiro de 2005)
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