sábado, 4 de fevereiro de 2006

Música, Maestro!



Um jazz quente e cheio de swing tocando, Duke Ellington ao piano, Ben Webster ao sax, Winton Marsalis forte no trompete, Billy Higgins na bateria, Lino no baixo, Charlie Brown na guitarra e Snoopy e Woodstock a dançar sem parar... É aniversário de Jandira Helena, e as alegrias de todas as homenagens são para ela, em forma de música...

E, falando em homenagens, não há como negar que é ela a "rainha de minhas homenagens" (a ponto de ter o Mês Jandira Especial neste humilde espaço virtual ao longo de fevereiro), a minha "eterna fonte de inspiração" (tanto que a ela já dediquei mais de vinte poemas), "minha noiva, amiga, segunda mãe e um pouco minha filha menina" (dada a completude de nossa relação) e tantos outros epítetos carinhosos com que já lhe tratei ao longo destes tantos anos de mar e de convivência...

Infelizmente, as ondas deste mesmo mar nos levaram um ano de águas paradas sem precedentes há pouco, o que acabou por deixar a preparação para este sarau jazístico um pouco mais desanimado... Mas nada que deixe este seu pobre cantor afastado dos sonhos nababescos que construo a esmo, tijolo por tijolo, até as mais altas torres do mundo aberto - cada ano de vida ao teu lado sempre é uma feliz construção... Que também o seja para ti a partir de hoje!

Assis Valente já diria - Minha embaixada chegou: deixa meu poema passar... Meu blog pede licença pra na batucada desacatar! O jazz, o samba, todos os melhores ritmos pedem passagem, minha discreta Billie Holliday, tu com tua voz singular; tu que quase não cantas, mas que encantas todos à tua volta, musa marrom: achemos nossas vagas neste imenso cordão e nos vistamos a rigor, que nossa festa particular, longe das agitações e nos rigores dos teus maiores recatos joaogilbertianos, está para começar - vou te contar...

Adorada

Teadoro, Jandira,
E a cada dia te reinvento
Em minha poesia
Na jornada reino acima
Seguimos de braços dados
A pisar nos restos torcidos de nós mesmos
De nossas tantas peles trocadas
Que já vivemos tanto
E tanto
E, no entanto, ainda há tanto
Para dizer
Adorada simplesmente
De alma transparente, essência pura
E eu querendo definição
Da essência do amor,
Logo o amor, que tanto se dissipa
Para, em seguida,
Ser reunido e recontado
Num beijo nosso
De céu de boca estrelado
De poema rasgado
De poeta empobrecido
Adorada como santa
No altar, eu te louvo
Como um trovador fora de moda
Em versos infantis
Meu sangue no flagelo da prensa
De minhas páginas vis
Minha voz rouca de repetir
Meus terços de nossas metades
No todo de ti,
Adorada,
Sigamos a rir
De nossas mentes pontuais:
Mesmo atrasado, vou e construo minha eterna morada
Logo abaixo dos teus umbrais...

(Dilberto Lima Rosa, Um breve desabafo em antítese..., 2006)



Parabéns a Jandira, pela primeira vez no mundo virtual!
 

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