Datas Especiais/Homenagens
Não, este "superbebê" da foto não sou eu: fico devendo a foto do pequeno Dilberto, ainda não consegui um scanner que me valesse...
Há exatos 28 anos (quase exatos, nasci à noite, às 23:30) eu nascia, e comemoro este aniversário juntamente com as superstições da sexta-feira 13 (nasci numa!), com os remendos aos séculos de preconceito racial com os irmãos negros (dia da libertação da escravatura, para quem não se lembra das aulas de História!), com as procissões católicas da Nossa Senhora de Fátima e com o aniversário mais que especial de uma grande cantora que admiro muito: Abelim Maria da Cunha, nome verdadeiro de Angela Maria, a eterna Sapoti (que nasceu no dia 13 de maio de 1929, em Conceição de Macabu, distrito de Macaé-RJ). A ela, os meus parabéns!
Mas hoje não falo de mim: deixo que os amigos o façam... E, meu irmão Dilemberto, o famoso Lima Garotinho, fez para mim uma bela homenagem em forma de poema (havia outro, mas, numa dessas manhãs de bebedeira, quando ele escreve os seus arroubos, deve tê-lo perdido...). Obrigado a Deus e aos companheiros de trajetória, e sigamos em mais um ano de estrada...
O núbil de agora,
um novo de antiguidades
Cultura de pernas
e longas estradas virgens...
Diria - um moxa...
...para cicatrizar a incultura!
Um eterno ermitão
na fuga do mau som.
Um lânguido de ações
mas um terremoto
quando as toma.
Berço esplêndido do saber,
olhos de caça,
como águia,
à presa do erro das frases tortas...
Mano velho
de idade nova,
de florestas em opções,
de única mulher:
Cante tua voz,
que ela ecoe
num absurdo de sons
apagando a ignorância...
(Dilberto Lima Rosa, Morcegos/Weblogger - post do dia 13 de maio de 2005)
Diante das mães, parecemos crianças; qualquer homenagem que se faça se faz sem graça, infantilmente, como se não houvesse palavras para descrevê-las em sua plenitude (ou mesmo porque voltamos ao passado e ficamos abobalhadamente envergonhados diante daquela senhora que tudo sabe de nós...). À minha adorada mãe Dilena (também mãe de meu único irmão Dilemberto, o famoso Lima Garotinho), o meu sincero e infantil obrigado, em todos os clichês inimagináveis de carinho e devoção (e em meu "poeminha" à Vinícius, como se criança eu ainda fosse...); Às minhas avós, D. Raquel (mãe de minha mãe) e D. Marieta; a D. Salustiana e a D. Helena (avó e mãe de minha noiva Jandira, que será, com certeza, uma grande mãe...); à D. Concita (carinhosa mãe de minha cunhada Ofélia); às tias Laucira, Jandira, Alzira, Eliana, Janir, Letízia; à finada D. Maria (eternamente simpática mãe de Lígia); às primas e amigas que já são mães - como a queridíssima Léo (mãe da linda Alice), que, por acaso aniversaria hoje - e a todas as mães dos amigos que tanto já me receberam com afeto, atenção e bons lanches e almoços... A todas as mães, próximas e distantes, mulheres maiores com a dádiva divina de gestar e parir... Meus mais sinceros parabéns...
Em Homenagem a D. Dilena
Mãe de todos os clichês
Da Rainha do lar à Santa no altar
Mãe Maravilha
Busco poesia
Ao te exaltar,
Aos brados,
A beleza além da concretude
De tua vida reta
De teu porte impecável...
Eu, que de ti herdei
Os olhos, a boca e o cabelo,
Sigo como um espelho
A te imitar a arte da perfeição
De teus valores corretos
Diante do incerto
De minha vida
A bênção, senhora,
Tu que acompanhas ao longe
Os meus versos infantis,
Releva a tosca lembrancinha
Que fiz e que a ti oferto,
Eterna fonte em meio ao deserto
De meus pensamentos...
Jovem e bela morena
Das longas madeixas
Do retrato em branco e preto
Senhora do cenho fechado
E da alma aberta
Diante do cerne da questão
Fala e ensina aos quatro ventos
O que é ser mulher de plantão
E mãe, a todo sempre,
Diuturnamente...
Luto em converter
Este fraco poema
(A curvar a poesia em tua deferência)
Mulher, acima de todas as mães)
Em homenagem à Dona Dilena
- Que se quebrem todas as penas
Por sobre os papéis mais ásperos
Que a vida te deu
Na mais sincera e pungente
Poesia
Que é o viver
Ser
Filho teu
Dilberto Lima Rosa
(Dilberto Lima Rosa, Morcegos/Weblogger - post do dia 08 de maio de 2005)
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