sábado, 11 de agosto de 2007

De Pai para Filho

Conversa nos bastidores: "– E o programa de humor, Chico?" "– A Globo não quer mais, acha que não serve... Só na Globo Internacional farei alguma coisa... Ainda queria voltar com a Escolinha..." (...) "O nome do goleiro do Vasco: Sílvio Luiz Oliveira de Paula, tem alguma coisa aí..." (...) "São Luís cresceu desde a última vez que vim aqui, é..." (...) "– Mais uma foto, Chico!" "Rápido, gente, que eu tenho que ir para Teresina!!!"


Confesso que esperava mais, especialmente pela normal expectativa causada por um ídolo de longas datas, mas o espetáculo De Pai para Filho, que Chico Anysio apresentou ao lado de seu filho André Lucas (que vivia o S. Aranha na Escolinha, o famoso "Puliça!" – relembrado num engraçado quadro de situações) aqui em São Luís, na última quinta 09, num teatro de uma faculdade particular local, foi muito mais uma coletânea de piadas (algumas já bem conhecidas do universo virtual dos 'e-mails') que uma aguardada sucessão de 'sketches' de humor, tal como fazia o Mestre nos seus mais de 40 anos de genialidade na televisão (apenas 3 quadros com o Mestre, um deles, o hilariante da "velha puta", já famoso no YouTube depois de uma apresentação no Programa do Jô)...

De qualquer forma, sempre uma aula de humor cênico, mesmo sem os adereços tão famosos dos mais de 200 tipos que o humorista cearense criou em tantos anos (somente o Silva dá as caras, sem caracterização, só a voz, num divertido bate-bola com André)! Para terminar, o ator, pintor, escritor e "pai de 9 filhos" Chico (como bem gosta de lembrar – a ele, um merecido feliz dia dos pais!) ocupou sozinho o palco e emocionou a todos com uma de suas crônicas poéticas no estilo que apresentou no Fantástico por um certo período): e se nascêssemos velhos e fôssemos regredindo até a infância, quando, então, depois de na mais tenra idade esquecermos de tudo, teríamos levado uma vida muito mais plena em termos de sabedoria? Eu acrescentaria: e se juntamente com este "envelhecimento ao contrário", pudéssemos também voltar no tempo, posso dizer que morreria feliz, assistindo novamente, em minha "maturidade", aos inesquecíveis Salomé, Azambuja, Alberto Roberto, Popó, Bozó, S. Pantaleão, Painho, Justo Veríssimo, Nazareno, Apolo, Haroldo, Professor Raimundo...

La Paloma

Sensualidade latina exacerbada: são dois pra lá, dois pra cá e 32 compassos divididos em duas partes...


O bolero é um dos estilos musicais românticos mais famosos do mundo, especialmente para a geração de meus avós, aproveitando a de meus pais: adaptado de baladas clássicas e de raízes afro-espanholas, desenvolvido em Cuba, Porto Rico, República Dominicana e México desde o final do século XIX, o bolero se imortalizou com nomes como o do cubano Oswaldo Farrés (Acércate más, Quizás, quizás e Três palabras), do mexicano Agustín Lara (grande definidor do gênero – Solamente uma vez e Pecadora) e do norte-americano Nat King Cole, que regravou vários clássicos com sotaque "macarrônico". Um desses clássicos eternos já rendeu até versão em Inglês, em balada do Rei Elvis (No more): La Paloma, canção espanhola do ritmo ‘habanera’, de onde nasceria o bolero mexicano, até hoje representa um símbolo para inúmeros pais (o meu, por exemplo), que ainda colecionam coletâneas de maestros como Billy Vaughn só para ter o gostinho de ouvir o que toca ao fundo (aqui com uma levada um pouco mais diferente que o cadenciamento tradicional dos bolerões) – nada mais justo nestes Morcegos em tom paterno: "si a tu ventana llega una paloma/ tratala con cariño que es mi persona/ (...) ay! chinita que si, ay! que dame tu amor/ ay! que vente conmigo chinita adonde vivo yo". Falando em boleros...

"Aqueles ojos verdes..."

Carlos Humberto Guilhon Rosa, em 1967


Pelos olhos verdes dele minha mãe se apaixonou: o meu forte abraço ao meu pai, o S. Carlito Rosa, e a todos os pais que, neste domingo familiar, aproveitarão o calor de seus filhos, seus maiores legados! A ele, "la paloma", a minha homenagem, que segue em forma de poema no Miscelânea S/A ('post' de domingo, dia 12/08)...
 

+ voam pra cá

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