A roda gigante
E acéfala
Da moenda pulsante
De meus dias perdidos
Avança
E me alcança
E atropela o meu próprio tempo
E destrói
E rói
A borda de meu destino
Vôo
E em desalinho
Tento salvar-me
Equilibrando-me na beirada
Por sobre o mais alto de meus pensamentos dispersos
Antes de meu céu desabar sobre mim
(Dilberto L. Rosa, 2001/2011)
13 comentários:
Belo poema.
As rodas ...
Sansara e Maya .
Bom Domingo !!
Não sei qual Dilberto aprecio mais, se o cronista profundo e desmistificador do insondável, ou o surpreendente poeta que nos desafia em suas metáforas...
Seja qual linha escolhes, é sempre um gol de placa!
Abraço!
O título já é um poema em si mesmo?! Gostei. Além de belos,se interagem. Abraço
Legal, o que gosto do poema é aqui que brota, sem querer a pessoa ja foi escervendo e quando viu ta pronto. Demonstração do inconsciente pulsante, na roda-gigante.
Boa semana! Agora encanou ne peste? Nao vai mais no meu blog, ehehehehe, teu link esta la..
Acho que o tempo do teu poema não precisa do tempo que corre lá fora para passar: assiste as paisagens dentro da velocidade em que se estende a estrada da vida, independente, assim como teus poemas vivos que voam sem precisar de ti, como no poema que deu início a este belo post. No caminho da leitura (a quinta até conseguir delinear algumas palavras) sentimentos diferentes foram se misturando, entre coragem, inquietação e resignação, mas sem deixar de transmitir luz para o mundo. Beijos
"Leve
como
leve pluma..."
Roda-gigante, moenda pulsante, borda, equilíbrio, tudo remeta temor pra mim. Belo poema, cada dia admiro sua sensibilidade e habilidade com as palavras. Mestre!
Oi Dilberto!
Achei triste, querido. Lindo, mas triste.
Agradeço muito a presença no meu novo blog. Eu sempre gostei de escrever crônicas e tenho um livro praticamente pronto só com crônica de músicos, mas isso é outra história.
Quanto ao músico, não é o Chico, não...
Ele é só sortudo, não acha?
rsss...
Bjs saudosos
Rossana
Gostei demais Dil e acho que deve se aventurar mais nesta estrada... Linda mesmo!
E olha , eu respondi lá, mas eu gosto demais de toda a série Star Wars, porém, meu luxo são os últimos episódios, ou seja, os mais antigos. É a magia que só o cinema pode nos proporcionar... Adorei saber da história de Anakin pequeno, a origem de tudo, mas minha paixão Darth Vader, tudo o que mais marcou minha adolescência aconteceu nestes últimos episódios, assim como com você! Um beijão procê e pras suas meninas!
um poema para ser degustado - lindo por demais!
beijo Dilberto
Tua poesia cresce como numa sinfonia: acordes tristes e 'allegros' vão crescendo até um desfecho retumbante! Te amo! E amo tua poesia!
O poema deslumbra por si só, e Amy e Tony estão também deslumbrantes. Meu abraço.
Um voo pelo tempo e por ti mesmo.
Temos estas coisas em comum: a procura, o encontro, o pensamento.
Um poema, um voo em desalinho...
Um poema e a leitura deliciosa.
Bonito, bonito!
Grande beijo
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