terça-feira, 12 de novembro de 2013


Levo uma década
Para resolver um segundo
Explodiu meu mundo
Antes de ter começado

(Dilberto L. Rosa, 2006)

... Mais ou menos é mesmo essa a sensação - não deu para este tantas vezes reles, porco e vil: longe há tempos dos campeões, ao menos valeram os versos do poema sujo dos campos, valeu a tentativa, creio eu. Bem que ela estava certa... Porque, depois de tanta lama e interrupção, ela me disse, vez que ainda conversamos muito durante os intervalos, que era muita coisa boa p'ra um ano só! E realmente foi: nem bem eu descia das nuvens das carregadas expectativas de novas vidas plenas de alegrias e incertezas, eu já lutava contra mim mesmo para crescer novamente e mostrar que eu ainda podia voar... Mas qual o quê: mais uma vez seria necessária uma reinvenção - só que, agora, em definitivo, que já chega de experimentações! Mas não fui... Permaneço apenas sendo mestre do caos perdido dos meus anos cansados. Assim, para tentar outra vez, como cantava o maluco naquela velha canção, eu mesmo disse certa feita, muito tempo depois, que Na eterna insatisfação de mim mesmo Vejo meus poemas vivos Independentes mesmos de mim... Então sigamos a catar Poesia do lodo que sobrou nas calças sujas recém-saídas da lama e vejamos se dá para encontrar qualquer cobre (que muito há por cobrir), que eu tenho que seguir, porque a vida não espera e, afinal de contas,

Com um pouco de esforço e de pena
por sobre o lodo
a coisa toda
pode até virar um poema...


(Dilberto L. Rosa, 2008)


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3 comentários:

Suzane Weck on 13 de novembro de 2013 às 16:17 disse...

Ola caro amigo,realmente aqui temos um poema....Talvez um pouco confuso para meu "cérebro cor de rosa",mas um poema deveras interessante.Meu maior abraço.SU

Dilberto L. Rosa on 14 de novembro de 2013 às 23:45 disse...

Na verdade, minha cara Suzane, há dois poemas (ou três, se contarmos o que está imerso na prosa) e divagações livre e poeticamente loucas sobre perdas e ganhos recentes... Nada com o que se preocupar, ré, ré! Grande abraço!

Elizabeth F. de Oliveira on 22 de novembro de 2013 às 19:43 disse...

Meu caro Dilberto, a poesia é catarse de nossas tentativas de reinvenção ou quem sabe de renascimento. Renascer dá trabalho, porque às vezes precisamos sair de escombros ou da 'lama', depende. O importante é trilhar esse caminho com lucidez e ter a certeza de que há nele um aprendizado.
No mais, faça disso e já o fez (nem sei o que é 'isso', na verdade, pura intuição poética) poesia, ainda que mesclada em prosa, ainda que em versos simples, ainda que.
O importante é a expressão, e sendo ela poética, como é o teu caso, tanto e muito melhor.
Meu abraço,

 

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